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Mais um capítulo da história contínua do nosso herói Tibicus. Siga os links abaixo para ler os episódios anteriores!

1. Chuva 2. Resgate 3. Desespero 4. Problema 5. Rivalidade 6. Entrega 7. Reconhecimento

8. Reunificação 9. Conflagração 10. Intuições 11. Casualidade

Fridolin era uma criança maravilhosa. Nascido e criado em condições precárias, teve uma mãe amorosa e um pai gentil que deram o melhor de si para proporcionar-lhe uma infância feliz. Praticamente isolado das lutas diárias de seus pais, ele cresceu sossegado em um ambiente de carinho na fazenda de seus pais.

Ele ainda era um pirralho, dificilmente mais alto que um goblin quando tudo aconteceu. Seu pai acabara de voltar dos campos e estava prestes a levar os animais para os estábulos atrás da casa, à luz dos sóis descendentes.

Fridolin estava no alpendre de sua modesta cabana construída pelo seu avô nos arredores de Thais, brincando com as pequenas figuras que seu pai havia recentemente esculpido em madeira. Com a boca cheia de água e o estômago roncando, ele estava sentado embaixo do parapeito da janela, tentando inalar cada pedaço do apetitoso aroma de bolo que sua mãe acabara de fazer e saia pela janela da cozinha a fora.

Apenas as nuvens grossas e negras, que se aproximavam inexoravelmente de Thais, prenunciando a chuva e o vento, perturbavam o pequeno paraíso. Ao longe, já se ouvia o som do trovão e a mãe de Fridolin saiu correndo da casa para ajudar o marido com os animais.

O vento começou a uivar, chicoteando a chuva em direção a fazenda e transformando as gotas pesadas em agulhas afiadas. Fridolin estava no alpendre coberto observando seus pais apressadamente fecharem o portão do celeiro.

Enquanto isso, a chuva já estava caindo em baldes acumulando em poças profundas no solo irregular. Fascinado pela enorme quantidade de água que caía do céu, demorou um pouco até Fridolin perceber que o chão lamacento perto do celeiro começou a se mover.

Uma após a outra, as poças desapareceram. Envolvidas por rachaduras profundas que começaram a se espalhar por todo o quintal, uma fina névoa branca escapou das rupturas e cobriu a superfície girando suavemente ao redor da calha de água e estacas de madeira perto do celeiro.

Ele nunca tinha visto nada assim antes e seguiu o rastro de rachaduras que atravessavam o chão com os olhos. Concentrado nas lacunas crescentes, Fridolin quase sofreu um ataque cardíaco quando enormes garras subitamente emergiram das profundezas, cavando profundamente à beira do abismo. Lentamente, contornos embaçados e nebulosos se ergueram para a superfície. Figuras enormes, muito acima de dois metros de altura, erguiam-se do chão.

Seus olhos e bocas brilhavam em uma luz fraca. Fridolin gritou a plenos pulmões ao ver essas criaturas. Alarmados pelo grito de medo do filho, seus pais perceberam o perigo iminente e correram o mais rápido que podiam em direção à casa. Mas era tarde demais.

Em todo o lugar, demônios haviam emegido de baixo e os movimentos apressados ??de seus pais correndo já haviam atraído sua atenção.

Os demônios, agachados, reuniram forças e atacaram sua presa em fuga. Um deles atingiu a mãe de Fridolin com a pata. Ela gritou em agonia quando as garras cavaram sulcos profundos em suas costas rasgando seu vestido em pedaços encharcados de sangue.

Gritando de dor, ela perdeu o equilíbrio e caiu de joelhos. Outro demônio aproveitou a oportunidade e cuspiu uma grande bola de fogo em direção a mãe que se debatia, tentando colocar o corpo ferido em pé. A chuva e a distância enfraqueceram o ataque, mas os fragmentos restantes do vestido rasgado pegaram fogo e o cheiro fétido de cabelos queimados se espalhou pelo jardim.

O pai de Fridolin percebeu o perigo, agarrou a mulher, atirou-se ao chão com ela rolando para abafar o fogo.

A lama fétida afundou nas feridas abertas em suas costas e ela gritou de dor ruidosamente na noite.

Enquanto isso, os demônios se reuniram como um bando de war wolves circulando suas presas. Um deles agarrou o pai pelo pé, erguendo-o no ar com facilidade. Estupefado, Fridolin estava na varanda e teve que assistir seu pai se contorcendo como um verme entre as garras dessa criatura aterrorizante.

Impulsionados por um apetite voraz pelo desespero e agonia de sua presa, os demônios começaram a perfurar os órgãos vitais com garras afiadas e pontiagudas. Para os demônios parecia ser muito prazeroso assistir uma pobre alma agonizar até o fim.

Sangrando como um porco, o espírito do pai já havia deixado seu corpo torturado quando os demônios perderam o interesse e o esmagaram no chão rochoso e acidentado a toda a velocidade. O estalo alto e horrível do impacto só garantiu que o corpo quebrado do homem se transformara em uma concha sem vida.

Depois de perceberam que eles já haviam tirado a vida de seu brinquedinho, a horda voltou sua atenção para a mulher que ainda estava deitada choramingando na lama. Como animais selvagens, eles começaram a ferir o corpo maltratado da mãe.

Eles aprenderam com seu erro anterior e, embora os gritos de desespero e dor os deixassem em êxtase elevando sua ânsia de sangue a novos picos, evitaram matar a jovem logo a todo custo. Seu martírio duraria várias horas,e os guardas reais, que foram enviados pelo rei Tibianus no dia seguinte para documentar a extensão do cataclisma nas áreas vizinhas, encontraram apenas seus restos roídos.

Fridolin, no entanto, não estava ciente da provação prolongada de sua mãe. Ele já havia partido a tempos. Sem ser notado, ele havia fugido noite adentro, pela escuridão, quando os intrusos estavam ocupados torturando seus amados pais. Ele havia perdido tudo, nada o mantinha neste lugar abandonado.

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Fonte: tibiatv.com.br

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